terça-feira, 10 de novembro de 2009

Descond*ensação

Não condeno o tempo
Que me apraz em vivas memórias
Aceno em lamento
À quadra em contorno d'outroras
Fácida, esmorecendo
Sob o odor que a evoca
Neste doce tormento
Que a aclama e a sufoca

Inter-Peta

Interpreta-me
Naquelas palavras que não falo
Mais e melhor
Interpreta-me
Além da Língua que nega o sentir
Mais e melhor
Interpreta-me
Até a razão se perder
Mais e melhor
Interpreta-me
Deixa ser
Mais e melhor
Interpreta-me

Por cá

Onde vais?
Vou embora
Antes que queira ficar
Mas não possa
Vou agora
Sem te olhar e sem te ver
Desvanecer

domingo, 1 de novembro de 2009

Arroz Malandro

Pediste um beijo
Olhei de soslaio
Sorriso aberto
Olhar de catraio
Não hesitei
E doei os meus lábios
Ao teu aconchego molhado
Ainda não estou saciado
Reclamas
Quero mais
Repetimos a dose?
Beijas como quem goza
Cada passo de dança
De uma língua embriagada
Ao sabor da balada
Que toca, mexe e não cansa
Olhas-me forte
O teu calor ressoando
Queres mais arroz, malandro?